sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lenda do Almocreve de Estoi

Habitualmente, o almocreve José Coimbra percorria de burro os caminhos do Algarve.
Um dia, ao passar junto das ruínas de Milreu, perto de Estoi, encontrou uma bela moura encantada. Vestida com um manto de princesa, a moura sorriu-lhe e ele, fascinado, seguiu-a.
A moura chegou a um sítio, bateu com o pé no chão três vezes e um alçapão abriu-se. Desceram ambos por uma escadaria de mármore até uma sala enorme revestida a ouro. A moura deixou-o só por uns instantes. Voltou acompanhada por um leão e uma serpente, seus irmãos encantados.
A moura prometeu a José o palácio e todo o seu ouro se ele quebrasse o encanto. Para isso, teria de ser três vezes engolido e vomitado pelo leão e três vezes abraçado pela serpente. O corpo do almocreve ficaria em chaga e, finalmente, a moura o beijaria na fronte para lhe retirar os santos óleos do baptismo.
O almocreve pediu-lhe para pensar e a moura deixou-o partir com duas barras de ouro.
José Coimbra voltou para casa e tentou esquecer o episódio.
Passado pouco tempo, começou a empobrecer e decidiu vender as duas barras de ouro. Quando olhou para as barras, ficou cego. Como última esperança, resolveu consultar um especialista de olhos em Faro.
Ao passar por Estoi, apareceu-lhe a moura. Esta acusou-o de ter faltado à promessa de lhe dar uma resposta. Só lhe tinha poupado a vida porque ele nunca tinha revelado o segredo daquele encontro.
O almocreve chorou arrependido. Comovida, a moura decidiu perdoar-lhe e devolver-lhe a visão.
Conta-se que o almocreve nunca mais voltou a passar por Estoi, onde ainda hoje uma moura e os seus irmãos esperam por quem os queira desencantar.
Ana Filipa

Figura histórica

Augusto Emiliano da Costa nasceu em Tavira (1884-1968), onde aprendeu as primeiras letras. Estudou no Liceu de Beja e veio a concluir a licenciatura em Medicina, pela Universidade de Coimbra, em 1914. No decurso do seu percurso académico revelou interesse pelas Belas-Artes, interesse esse documentado nos inúmeros quadros de sua autoria que nos deixou.
Aos 30 anos, escolheu a aldeia de Estoi para se instalar e exercer medicina. Nela casou e viveu até ao fim dos seus dias. Dotado de uma sensibilidade delicada, detinha um grande sentido de humor.
Na sua poesia o sol, a luz e a cor estão sempre presentes. Expressando-se através de uma linguagem nem sempre fácil, repleta de termos científicos, usou com frequência termos e costumes regionalistas algarvios.
Das obras editadas são de realçar Rosairinha e As Saudades do Silêncio. Em1956, Faro, Estoi e Tavira homenagearam-no ao inaugurar ruas em seu nome e ao executar sessões nas Câmaras de Tavira e Faro. Aquando do centenário do seu nascimento foi novamente homenageado, no decurso de 1984-1985,
atingindo o seu ponto mais alto com a inauguração do busto do poeta.



Ana Marta

Festa tradicional

Festa da Pinha

É a Festa da Pinha a mais tradicional das festas da Aldeia de Estoi. A mais tradicional porque raros foram os anos e fortes os motivos que a impediram de sair à rua. E saiu muito mais vezes que qualquer outra iniciativa do género na Aldeia. Pelo que se consegue provar tudo indica para a origem centenária da festa.


Carina Dias

Património histórico


Palácio de Estoi ou Casa de Estoi está situado nas imediações das ruínas romanas da villa rústica de Milreu, com os seus jardins, fontes e estatuária. Foi construído pela mais relevante família da nobreza algarvia oitocentista, acentua-se o seu caráter revivalista em que são retomadas as normas setecentistas do barroco e do rococó. O palácio foi ideia de um nobre local que morreu pouco depois do ínicio da construção, em meados dos anos de 1840 (séc. XIX). Outra personalidade local adquiriu o palácio e completou-o em 1909. Foi feito visconde de Estói graças ao dinheiro e esforços que despendeu na sua construção. Os jardins exibem laranjeiras e palmeiras, fontes e estátuas, e há dois pavilhões, o da Casa da Cascata, com azulejos pintados em branco e azul, e, no terraço principal, a Casa do Presépio, com janelas de vidro colorido e fontes enfeitadas com ninfas e belos azulejos retratando cenas pastorais.





Margarida Serrão

Património histórico


A presença Romana deixou vestígios em Milreu: Ruínas romanas de Milreu ou Ruínas de Estoi (séc. II D.C). Este monumento nacional foi em tempos um espaço reservado à exploração agrícola, englobando uma área de residência rural. Esta área, inicialmente pequena, foi crescendo e crescendo. Donos de terras abastados vieram para Estoi e começaram a construir grandes casas, luxuosamente decoradas com azulejos e mármore, elementos que ainda podem ser vistos hoje.

Denis Cionca

Aldeia de Estoi

Estoi é uma aldeia que se localiza no Sul de Portugal, a aproximadamente 10 km do mar. Fica situada entre Faro e São Brás de Alportel, junto ao Serro do Malhão. É uma freguesia do Concelho de Faro. Estoi é uma aldeia histórica encantadaque é conhecida pelo seu surpreendente palácio em estilo rococó e pelas ruínas romanas de Milreu.
A pequena aldeia de pescadores alvo da colonização fenícia que, durante o século VIII a.C. terá instalado um entreposto comercial na cidade então chamada de Ossónoba. Designação que deriva da expressão fenícia de Osson Êba que, traduzido à letra quer dizer armazém no sapal e que surgia integrada num amplo sistema mercantilista baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios.
Em Estoi viveu o Dr. Emiliano da Costa, que era médico e poeta. Ele foi uma pessoa muito importante para esta localidade. Por isso, foi erguido o seu busto perto da igreja e deram o seu nome à Escola E.B. 2,3 de Estoi.

Alexandre Guerreiro

Visita de Estudo à Aldeia de Estoi

No dia 21 de outubro as turmas 4 e 5 realizaram uma visita de estudo à localidade de Estoi com o objetivo de conhecer o património histórico-cultural da aldeia.



Sofia Shtogryn